O chá de cavalinha é uma bebida com ação diurética potente. A presença de flavonoides, compostos fenólicos e sais minerais aumenta a produção de urina, auxiliando na eliminação de líquidos retidos no organismo e combatendo o inchaço.
Além disso, a bebida tem um leve efeito termogênico. Por isso, muitas pessoas acabam recorrendo à infusão na esperança de perder medidas.
“A ação diurética e leve efeito termogênico do chá de cavalinha podem contribuir para a perda de peso”, afirma a nutricionista esportiva Letícia lenzi, que atende na clínica Éclisée Estetica Avançada, em Balneário Camboriú (SC).
Mas a especialista destaca que o chá não causa emagrecimento milagroso e não substitui hábitos saudáveis. “Se a pessoa não tiver cuidado com outras questões voltadas para o emagrecimento, ela não terá os resultados. É como usar gel redutor e não treinar, não acontece nada. Mas juntamente com uma dieta balanceada e atividade física, ela vai ter o resultado da diurese da cavalinha”, pontua.
O educador físico Fernando Castro concorda com a nutricionista. “Os chás não fazem milagre, mas ajudam na estimulação do organismo antes da prática de atividades físicas”, disse em entrevista anterior ao Metrópoles.
Receita de chá de cavalinha
Ingredientes
- 200 ml de água;
- 1 colher de sopa de talo seco de cavalinha cortado.
Modo de preparo
Aqueça 200 ml de água filtrada até começar a formar as primeiras bolhas, sem ferver. Acrescente 1 colher de sopa de talo seco de cavalinha e mexa bem. Tampe a caneca e deixe de molho por cinco minutos. Coe em uma xícara e beba o chá em seguida.

Cuidado com os excessos
A nutricionista alerta que o consumo da bebida não deve exceder duas xícaras ao dia. Quando consumida em grande quantidade, e por muito tempo, a cavalinha pode causar perda de minerais importantes para o corpo, resultando em diarreia, dor de cabeça, desidratação, pancreatite, alteração da frequência cardíaca e fraqueza muscular.
O consumo excessivo da planta também pode provocar carência de vitamina B1 (tiamina), levando a danos permanentes no fígado e a perda de potássio.
“Por ser um chá, muita gente acha que não há riscos, mas ele pode sim ter efeitos colaterais com o consumo em excesso. O ideal é consumir até duas xícaras por dia, utilizando a planta in natura ou de forma seca, através de chá”, afirma Letícia.
Contraindicações
O chá não é indicado para crianças menores de 12 anos; gestantes e lactantes; pessoas com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes da planta; pacientes nos quais a ingestão reduzida de líquidos é recomendada, por exemplo, doenças cardíacas e renais severas ou obstrução do trato urinário; pacientes com gastrite e/ou úlcera gástrica e duodenal, em função da presença de taninos e sílica.
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