A Polícia Federal (PF) está utilizando tecnologia avançada para identificar se amostras de ouro apreendidas foram extraídas ilegalmente de reservas indígenas no Brasil. Essa iniciativa envolve o uso do Sirius, um superlaboratório localizado em Campinas (SP), que atua como um "raio X superpotente".

Essa abordagem inovadora tem como objetivo principal ampliar as medidas de rastreabilidade para combater a extração e o comércio ilegal do ouro, que está se tornando uma crescente preocupação em terras indígenas e unidades de conservação no país.

Agentes da PF de Brasília (DF) estiveram no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde 57 amostras de ouro foram analisadas. O uso do acelerador de partículas permitiu aos peritos identificar marcadores que revelam a origem do metal, ajudando a determinar se foi extraído ilegalmente de reservas indígenas.

Essa ação representa um esforço inédito no Brasil para aplicar tecnologia de ponta no combate aos crimes ambientais e na proteção das terras indígenas. Ao identificar e rastrear o ouro de origem ilícita, as autoridades esperam desencorajar a atividade ilegal e proteger essas áreas sensíveis da exploração predatória.