Início Brasília Servidor federal: assassino levou filho menor para participar do crime

Servidor federal: assassino levou filho menor para participar do crime

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O homem que matou o servidor público do Ministério da Saúde Joselito Costa Malta (foto em destaque), 59 anos, usou o próprio filho para ajudá-lo no crime. Elson Teodoro dos Santos, 41 anos, era pedreiro e prestava serviços gerais à vítima há 12 anos.

Dias antes do crime, Joselito encontrou Elson na rua e o chamou para fazer uns reparos em sua casa. O autor, então, arquitetou o latrocínio e pediu ajuda ao filho, um adolescente de 17 anos.

Vítima e autor marcaram o reparo na rede elétrica em 11 de março. Elson, então, foi com o filho à casa do servidor. Em determinado momento, matou Joselito com golpes de marreta na cabeça. O adolescente teria visto e ajudado a ocultar o corpo.

Elson tinha a intenção de roubar Joselito. Ele era aficionado por um VW Golf que o servidor tinha e, no dia do crime, matou a vítima na intenção de levar o carro. O Golf, no entanto, já havia sido vendido, mas o criminoso levou outro veículo e mais alguns itens.

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Joselito Costa Malta, 59 anos

Material obtido pelo Metrópoles

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Joselito era servidor do Ministério da Saúde

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O que aconteceu

  • Morador de Planaltina, Joselito Costa Malta foi dado como desaparecido em 11 de março. Ele trabalhava em regime remoto, e desde a data, não apareceu para o serviço.
  • A partir daí, a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) começou a investigar o caso. As apurações levaram os agentes até Elson Teodoro dos Santos, 41 anos. Até que, na última quinta-feira (3/4), Elson foi preso e confessou ter matado Joselito e ocultado o corpo.
  • O autor disse à 16ª DP que, dias antes do crime, foi chamado por Joselito para fazer reparos na rede elétrica da casa do servidor público. Eles marcaram a visita para o dia 11 de março.
  • Elson, então, aliciou o filho de 17 anos para cometer o crime naquela data. Ele e o adolescente foram até a casa de Joselito para prestar o serviço e, em um momento de descuido da vítima, deram-lhe marretadas na cabeça.
  • A motivação seria roubar a vítima, configurando crime de latrocínio. Elson teria tentado comprar um VW Golf amarelo de Joselito há cinco anos e, no dia do crime, teria tentado roubar o veículo.
  • O Golf já havia sido vendido por Joselito. Elson, então, levou outro carro — um Ford Ka —, dois computadores, um botijão de gás, o celular e a carteira do servidor.

O delegado-adjunto da 16ª DP, Veluziano de Castro, dá detalhes do depoimento de Elson. “Ele queria muito o Golf, tentou comprar de Joselito há cinco anos. No dia 11, a intenção dele era roubar o carro, mas a vítima já havia vendido”, explica.

Elson e o filho não deram sinais a Joselito de que o matariam. “Como o autor já prestava serviço há 12 anos, não houve desconfiança. Eles entraram normalmente na casa e atacaram a vítima na cozinha”, conta o delegado.

“Depois, com Joselito já morto, o autor e o filho arrastaram o corpo para o banheiro, onde seria mais fácil de limpar o sangue. Por fim, enrolaram em um cobertor e, no carro da própria vítima, transportaram o corpo até uma área de mata no Vale do Amanhecer.”

O corpo foi encontrado apenas depois que Elson acabou preso. Foi ele quem indicou aos policiais o ponto onde o cadáver foi encontrado. O estado de decomposição já era avançado — o corpo passou três semanas no local.

Como dito anteriormente, Elson tinha a intenção de roubar o VW Golf de Joselito, mas acabou levando o Ford Ka. O criminoso usou o carro por uma semana. “Ele ficou circulando com o carro de 11 a 17 de março”, menciona o delegado Veluziano de Castro.

O autor responderá pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menores, podendo ser penalizado em mais de 30 anos de prisão.

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