Início Brasília Teatro a céu aberto: Via-Sacra arrasta 150 mil ao Morro Capelinha

Teatro a céu aberto: Via-Sacra arrasta 150 mil ao Morro Capelinha

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Subir o Morro da Capelinha durante a Sexta-feira Santa é mais do que assistir a uma peça: é viver uma experiência. Antes mesmo da crucificação e da ressurreição, o público foi envolvido por pequenas encenações espalhadas ao longo do percurso, que prepararam os fiéis para os momentos mais intensos da Via-Sacra. No áuge, o evento reuniu 150 mil pessoas.

Assista:

Cada cena representa passagens da vida e do sofrimento de Jesus, desde sua prisão até a condenação. Os atores, com figurinos e performances marcantes, trazem para perto do público a dor, a fé e a esperança que marcam o evento.

Uma das passagens mais emocionantes ocorreu por volta das 18h20, quando Jesus começa a carregar a pesada do cruz e vai sendo chicoteado pelo caminho.

Por volta das 19h30, muitos na plateia começaram a chorar na cena em que Jesus é crucificado e morre nos braços de sua mãe, Maria.

“É como se a gente fizesse uma peregrinação junto com Jesus. A cada cena, a gente reflete um pouco mais”, descreve Maria Antônia da Silva de 54 anos, que percorre o trajeto todo ano com a família. Este ano está acompanhada da filha, genro e neto.

Veja imagens da Via-Sacra do Morro da Capelinha:

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Evento reúne milhares de pessoas em Planaltina

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Encenação emociona fiéis

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Larissa Fernandes, de 16 anos, e Francisca Maryelle, de 18, sobem ao morro para homenagear a irmã morta

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Maria Antônia da Silva de 34 anos, percorre o trajeto todo ano com a família. Este ano está acompanhada da filha, genro e neto.

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Manuel Francisco Neto, de 59 anos, morador do Vale do Amanhecer, se prepara para subir cerca de 1 km até o topo do morro. “Tenho problema no joelho, mas subo assim mesmo”

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Esta é a 52ª edição da Via-Sacra do Morro da Capelinha

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Os atores, com figurinos e performances marcantes, trazem para perto do público a dor, a fé e a esperança que marcam o evento.

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Para algumas pessoas, essa caminhada tem um significado pessoal especial.

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Atores da Via-Sacra

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Homenagem que transforma dor em força

Para algumas pessoas, essa caminhada tem um significado pessoal especial. É o caso de Larissa Fernandes, de 16 anos, e Francisca Maryelle, de 18, que sobem o Morro da Capelinha todos os anos descalças em homenagem à irmã de Larissa, Regiane, desaparecida em 2023 na ponte do bairro de Fátima, em Planaltina. “A nossa promessa seria cumprida quando ela fosse encontrada, e ela foi, mas infelizmente morta. Mas não é por isso que vamos deixar de homenageá-la”, afirma Larissa, vestindo uma camiseta com o rosto da irmã estampado enquanto percorrem o quilômetro morro acima.

“Foram momentos de muita angústia e incerteza, mas agora podemos honrar sua memória todos os anos daqui para frente”, declara Francisca, que era amiga de Regiane. A promessa de subir o morro é, para elas, uma forma de manter viva a lembrança e a esperança, transformando a dor em fé e resistência.

Mesmo com dores no joelho e dificuldades para caminhar, Manuel Francisco Neto, de 59 anos, morador do Vale do Amanhecer, se prepara para subir cerca de 1 km até o topo do morro. “Tenho problema no joelho, mas subo assim mesmo. Tenho muita fé em Deus”, afirma. Para ele, a encenação é mais que tradição: é um momento de oração, agradecimento e pedidos por saúde. “Peço muita melhoria, muita paz. Gosto muito daqui, não tem outro lugar igual”, declara.

Segurança

A Polícia Militar do DF reforça o policiamento durante a Via-Sacra de Planaltina, realizada nesta sexta-feira (18), no Morro da Capelinha. O evento reúne cerca de 100 mil pessoas e conta com a atuação de batalhões especializados, como Bope, BPTran, Cavalaria e BPCães, além de equipes convencionais e motopatrulhamento.

Na atuação do corpo de bombeiro estão empenhados na missão Via Sacra cerca de 200 militares e 23 viaturas, sendo de 9 tipos distribuídos em 5 postos e em grupos menores para circular durante o evento.

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