Início Brasília Piora estado de saúde de bebê vítima de batida com viatura de...

Piora estado de saúde de bebê vítima de batida com viatura de polícia

0

O quadro de saúde do bebê, de 2 meses, vítima do acidente entre uma viatura descaracterizada (foto em destaque) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e um carro, teve piora. Benício Sena Moreira de Jesus Santos está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia com problemas respiratórios.

A viatura envolveu-se em um acidente, na noite de quarta-feira (12/3), na W3, área central do DF. O veículo teria batido no carro conduzido pelo motorista de aplicativo Maicalister Silva Sena Moreira, 28, pai de Benício. A esposa do condutor e mãe do bebê, a auxiliar administrativa Giovana de Jesus Santos, 23, também estava no veículo.

Segundo Maicalister, antes da batida, a família estava a caminho do Hospital Universitário de Brasília (HUB), em busca de tratamento para Benício. O bebê estava passando mal, com falta de ar e diagnóstico de bronquiolite. De acordo com a versão do motorista, a família foi surpreendida pela viatura, que acertou violentamente o carro.

“Era um Nissan Versa. Pegou a parte traseira do meu carro. Rodopiamos várias vezes na rua. O carro quase capotou, inclinou, bateu em um poste e voltpi. Começou a sair sangue pela boca do meu filho. E ele ficou molinho. Ficamos desesperados. Minha esposa começou a chorar segurando nosso filho e gritava: ‘Me ajuda! Me ajuda!’”, lembrou.

Testemunhas conseguiram socorrer a família. Giovana ficou com ferimentos no rosto, braço e costas. “Um passageiro da viatura chegou em mim se identificando como policial, dizendo que eu estava errado. Eu apresentei o meu celular e os documentos. Eu senti o cheiro de bebida, mas ele não era o motorista”, contou.

Ao final da conversa, o motorista de aplicativo negou ter sido o responsável pelo acidente. Na sequência, a Polícia Militar (PMDF) chegou no local. Maicalister fez o teste do bafômetro. “Fiz e deu zero. E o motorista do outro carro com o olho vermelhão, nitidamente embriagado, com cheiro forte de bebida se negou a fazer o bafômetro”, disse.

Álcool

Segundo Maicalister, havia um cheiro forte de álcool dentro da viatura, além disso, havia copos plásticos perto do veículo. “Era  cheiro da álcool puro”, resumiu. De acordo com o motorista de aplicativo, os policiais militares também notaram os indícios de consumo de bebida alcoólica.

“Inclusive tinha uma mulher dentro da viatura que recusou atendimento médico. Ela seria mais uma vítima. A perna dela estava sangrando muito. E na batida, eles não pararam a viatura. Guiaram o carro até uma parada de ônibus, bem distante”, contou.

As partes foram conduzidas para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central de Brasília). Segundo Maicalister, um policial passageiro chegou antes e conversou com o delegado. “E a Polícia Civil não queria dar o boletim de ocorrência para a Polícia Militar. Porque não tinha colocado o que falei sobre a presença de álcool”, revelou.

O impasse entre policiais civis e militares se alongou por horas. Ao receber o boletim, Maicalister constatou a ausência da informação e reforçou a denúncia. Só então, o policial condutor da viatura foi encaminhado para o exame de sangue. “Por isso não foi constatada embriagues”, criticou.

Veja:

Depois do acidente, Benício e Giovana foram encaminhados para o Hospital de Base. Mas não havia pediatra. Com isso, o bebê a mãe foram levados para a UPA da Ceilândia. “Minha esposa só conseguiu dormir por uma hora. Está acordada até agora. E meu filho piorou. Ele está muito ruim e ofegante. O exame deu pneumonia e bronquite. Com certeza o estado de saúde dele se agravou pelo fato. Ele pegou relento na rua. Poderiam ter tirado uma vida. O bebê é frágil´. A batida foi bem feia”, disse.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a PCDF. A corporação informou que a ocorrência foi registrada dentro dos parâmetros legais e que a conduta do policial envolvido será devidamente apurada.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile