Início Brasília Imagens que emocionam: fotos e vídeos marcantes do Morro da Capelinha

Imagens que emocionam: fotos e vídeos marcantes do Morro da Capelinha

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A noite caiu sobre o Morro da Capelinha, em Planaltina, mas a chama da fé permaneceu acesa — e brilhou ainda mais forte no momento mais aguardado da Via-Sacra: a ressurreição de Cristo.

Quando a cena se desenrolou no ponto mais alto do morro, um silêncio respeitoso tomou conta do público, seguido por aplausos, gritos de “aleluia”, cânticos religiosos e fogos de artifício. Fiéis que estavam presentes no evento na noite desta sexta-feira (18/4) se emocionaram e não conseguiram conter as lágrimas.

Veja como foi:

A encenação, realizada anualmente por 1.100 personagens, foi acompanhada por cerca de 150 mil fiéis, e chegou ao seu ápice com a representação do renascimento de Jesus. O espetáculo, além de celebrar a fé cristã, tem se tornado um espaço plural, que atrai pessoas de diversas crenças — ou até mesmo sem religião.

“Não sou católico, nem sigo nenhuma religião, mas vim porque sempre ouvi falar. Não tem como não se emocionar com tudo isso”, disse Jonch Wainh, de 18 anos, com olhar de respeito para a apresentação.

Para Maria Clara Gomes, de 13 anos, que é católica, a encenação é uma oportunidade de renovar a fé. “Muitos acham que a Páscoa é só chocolate ou coelhos, mas essa encenação mostra o verdadeiro significado, que ele morreu para nos salvar. Se não fosse aquilo, estaríamos perdidos pelos nossos pecados”, afirmou, com paixão.

Veja fotos do momento alto da encenação:

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Momento alto da Via-Sacra: a ressurreição de Cristo

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Evento levou cerca de 150 mil pessoas ao Morro da Capelinha

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Momento de paz e reflexão

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Via-Sacra no Morro da Capelinha

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Subida ao Morro da Capelinha

Subir o Morro da Capelinha durante a Sexta-feira Santa é mais do que assistir a uma peça: é viver uma experiência. Antes mesmo da crucificação e da ressurreição, o público foi envolvido por pequenas encenações espalhadas ao longo do percurso, que prepararam os fiéis para os momentos mais intensos da Via-Sacra.

Assista:

Cada cena representa passagens da vida e do sofrimento de Jesus, desde sua prisão até a condenação. Os atores, com figurinos e performances marcantes, trazem para perto do público a dor, a fé e a esperança que marcam o evento.

Uma das passagens mais emocionantes ocorreu por volta das 18h20, quando Jesus começa a carregar a pesada do cruz e vai sendo chicoteado pelo caminho.

Por volta das 19h30, muitos na plateia começaram a chorar na cena em que Jesus é crucificado e morre nos braços de sua mãe, Maria.

“É como se a gente fizesse uma peregrinação junto com Jesus. A cada cena, a gente reflete um pouco mais”, descreve Maria Antônia da Silva de 54 anos, que percorre o trajeto todo ano com a família. Este ano está acompanhada da filha, genro e neto.

Veja imagens da Via-Sacra do Morro da Capelinha:

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Evento reúne milhares de pessoas em Planaltina

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Encenação emociona fiéis

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Larissa Fernandes, de 16 anos, e Francisca Maryelle, de 18, sobem ao morro para homenagear a irmã morta

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Maria Antônia da Silva de 34 anos, percorre o trajeto todo ano com a família. Este ano está acompanhada da filha, genro e neto.

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Manuel Francisco Neto, de 59 anos, morador do Vale do Amanhecer, se prepara para subir cerca de 1 km até o topo do morro. “Tenho problema no joelho, mas subo assim mesmo”

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Esta é a 52ª edição da Via-Sacra do Morro da Capelinha

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Os atores, com figurinos e performances marcantes, trazem para perto do público a dor, a fé e a esperança que marcam o evento.

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Para algumas pessoas, essa caminhada tem um significado pessoal especial.

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Atores da Via-Sacra

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Homenagem que transforma dor em força

Para algumas pessoas, essa caminhada tem um significado pessoal especial. É o caso de Larissa Fernandes, de 16 anos, e Francisca Maryelle, de 18, que sobem o Morro da Capelinha todos os anos descalças em homenagem à irmã de Larissa, Regiane, desaparecida em 2023 na ponte do bairro de Fátima, em Planaltina. “A nossa promessa seria cumprida quando ela fosse encontrada, e ela foi, mas infelizmente morta. Mas não é por isso que vamos deixar de homenageá-la”, afirma Larissa, vestindo uma camiseta com o rosto da irmã estampado enquanto percorrem o quilômetro morro acima.

“Foram momentos de muita angústia e incerteza, mas agora podemos honrar sua memória todos os anos daqui para frente”, declara Francisca, que era amiga de Regiane. A promessa de subir o morro é, para elas, uma forma de manter viva a lembrança e a esperança, transformando a dor em fé e resistência.

Mesmo com dores no joelho e dificuldades para caminhar, Manuel Francisco Neto, de 59 anos, morador do Vale do Amanhecer, se prepara para subir cerca de 1 km até o topo do morro. “Tenho problema no joelho, mas subo assim mesmo. Tenho muita fé em Deus”, afirma. Para ele, a encenação é mais que tradição: é um momento de oração, agradecimento e pedidos por saúde. “Peço muita melhoria, muita paz. Gosto muito daqui, não tem outro lugar igual”, declara.

Segurança

A Polícia Militar do DF reforça o policiamento durante a Via-Sacra de Planaltina, realizada nesta sexta-feira (18), no Morro da Capelinha. O evento reúne cerca de 100 mil pessoas e conta com a atuação de batalhões especializados, como Bope, BPTran, Cavalaria e BPCães, além de equipes convencionais e motopatrulhamento.

Na atuação do corpo de bombeiro estão empenhados na missão Via Sacra cerca de 200 militares e 23 viaturas, sendo de 9 tipos distribuídos em 5 postos e em grupos menores para circular durante o evento.

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