Início Saúde Entenda doença que fez Harrison Ford desistir de participação no Oscar

Entenda doença que fez Harrison Ford desistir de participação no Oscar

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Harrison Ford, 82 anos, cancelou a participação na cerimônia do Oscar de 2025, que ocorre neste domingo (2/3), por problemas de saúde. O motivo, segundo um representante do ator informou à revista People, foi o diagnóstico de herpes-zóster.

A organização do Oscar foi comunicada sobre a ausência da estrela de Star Wars e Indiana Jones nesse sábado (1º/3), um dia após Ford ser diagnosticado com a doença.

O que é herpes-zóster

O herpes-zóster, também conhecido como “cobreiro”, é uma infecção causada pelo vírus varicela zoster, o mesmo da catapora. O Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que uma em cada três pessoas desenvolverão a doença em algum momento da vida.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o desenvolvimento da doença está associado a fatores como baixa imunidade, trauma local, câncer, cirurgias da coluna e sinusite frontal. O diagnóstico é mais comum em idosos devido à diminuição natural da imunidade com o passar dos anos.

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Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele

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A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo

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Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus

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Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente

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Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga

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O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção

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Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como lavar diariamente a região afetada, sem esfregar, e secar bem o local. Utilizar roupa de algodão e confortável, colocar uma compressa fria de camomila sobre a região e não aplicar pomadas ou cremes sem prescrição médica

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Entre as complicações mais comuns do herpes-zóster está a continuação da dor por várias semanas ou meses mesmo após o desaparecimento das bolhas na pele. Entre as menos comuns está a inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando acompanhamento de um oftalmologista

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A vacina é a única forma eficiente de evitar a doença e suas complicações. Até então, o imunizante era indicada apenas para pessoas maiores de 60 anos. Contudo, recentemente, a vacina para adultos com mais de 18 anos chegou às clínicas particulares brasileiras

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A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas. A vacina não é ofertada pelo SUS

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 Sintomas da herpes-zóster

O principal sintoma é o aparecimento de lesões na pele, que tendem a ocorrer do mesmo lado do corpo, geralmente no tronco, na face ou nos braços e pernas. Elas são acompanhadas por fortes dores que podem persistir por várias semanas ou meses após as feridas sumirem.

“As sensações de agulhadas, queimação, pontadas e dormência podem impactar o cotidiano com a família, o trabalho e também a convivência social. Além disso, em alguns casos, o herpes-zóster pode evoluir para um quadro de neuralgia pós-herpética, uma dor crônica, que dura pelo menos 90 dias e requer tratamento específico”, explica o infectologista Jessé Reis Alves, gerente médico de vacinas da GSK.

O surgimento de lesões no centro da face, na região do nariz e olhos, é preocupante porque elas podem se espalhar e levar à cegueira ou meningite. O quadro ainda pode ser acompanhado por parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento e pressão), ardor e coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar.

Tratamento

O tratamento é feito com o uso de analgésicos e antivirais, que devem ser iniciados o quanto antes para limitar a extensão das feridas e a gravidade do quadro.

Prevenção

A vacinação contra o herpes-zóster é fundamental para prevenir os casos graves e as complicações. As pessoas que se vacinam reduzem significativamente o risco de desenvolver a doença e, em caso de infecção, geralmente, apresentam sintomas mais leves e de menor duração.

Existem dois imunizantes contra o herpes-zóster no mercado, o Zostavax, produzido pela MSD, e o Shingrix, da GlaxoSmithKline (GSK). A segunda é a versão mais moderna, com tecnologia recombinante, que usa pedaços do vírus que não são capazes de causar a doença. O imunizante não é administrado no sistema público de saúde.

A Shingrix é indicada para pessoas a partir dos 50 anos de idade e imunocomprometidos ou indivíduos com risco aumentado para herpes-zóster a partir de 18 anos. Ela deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de dois meses.

“Não existe maneira de prevenir o herpes-zóster a não ser por meio da vacinação. Além das lesões de pele, o maior risco é a neuralgia pós-herpética, uma dor extremamente intensa. Além de reduzir a ocorrência da doença, a vacina diminui a chance de essas dores surgirem”, explicou o infectologista André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica, em entrevista anterior ao Metrópoles.

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