Início Brasília Traficante “Peixão” tinha lucro milionário com provedor de internet

Traficante “Peixão” tinha lucro milionário com provedor de internet

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Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) desmontaram, nesta terça-feira (11/3), uma empresa ilegal que oferecia o serviço de internet para moradores do Complexo de Israel, na Penha, zona norte do Rio.

O conjunto de favelas é dominado pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), e apontado pela investigação como o verdadeiro dono e controlador da empresa clandestina de internet.

Policiais localizaram a sede da “empresa”, prenderam o responsável pelo estabelecimento e derrubaram o provedor clandestino que fazia a distribuição do serviço nas comunidades.

De acordo com os investigadores, o provedor ilegal gerava lucros milionários para a facção, que utilizava esse dinheiro para financiar suas atividades criminosas, incluindo o tráfico de drogas e a expansão territorial.

Ainda de acordo com os investigadores, o serviço ilegal de internet também ajudava a consolidar o domínio territorial da quadrilha de Peixão na região, eliminando empresas regulares e impondo um monopólio criminoso sobre os serviços de internet na comunidade.

O esquema seguia o mesmo modelo já utilizado pelo tráfico em outras comunidades, em que facções criminosas assumem o controle de serviços essenciais como internet, energia, água e gás.

Durante a operação, os agentes da DDSD apreenderam equipamentos furtados de prestadoras de serviços oficiais como cabos, baterias e nobreak. Também foram apreendidos um veículo utilizado pelo provedor ilegal e o telefone celular do proprietário, que será periciado para identificar outros envolvidos no esquema.

Resort e academia

A operação da DDSD foi apenas mais uma das ações das forças de segurança do estado no Complexo de Israel nesta terça. Mais cedo, policiais demoliram imóveis de luxo do traficante Peixão.

Um desses imóveis foi o “resort” construído pelo criminoso dentro da comunidade Parada de Lucas. O local conta com uma mansão com ampla piscina, lago artificial com deck e peixes, academia, área para churrasco, entre outros luxos.

De acordo com a polícia, serão derrubados o “Resort Green”, um espaço com um lago privado para a criação de carpas e com piscinas, e um prédio onde funcionava uma academia de ginástica com equipamentos modernos de musculação.

A investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) aponta que a mansão, construída com dinheiro ilícito, serve de base para armazenar armas e drogas.

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