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CBF pede exclusão do Cerro após racismo contra jogador do Palmeiras

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou com denúncia junto à Conmebol solicitando a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20. Um torcedor da equipe foi visto fazendo gestos racistas contra Luighi e Figueiredo, jogadores do Palmeiras. O caso aconteceu na noite dessa quinta-feira (6/3), no Paraguai.

A CBF cobrou “tolerância zero contra atos discriminatórios”. Além disso, exigiu severa punição esportiva aos torcedores e ao clube paraguaio”.

 

“O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em nota divulgada pela entidade (veja abaixo).

A CBF segue a mesma linha do Palmeiras, que na figura da presidente Leila Pereira, também pediu a retirada do Cerro Porteño da competição, como forma de punição.

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Homem com criança no colo fez gestos imitando macaco em direção aos jogadores

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Luighi chora ainda durante a partida

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Atacante desabafou ao fim do jogo

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O que aconteceu:

  • O Palmeiras venceu o Cerro Porteño na Libertadores Sub-20 por 3 x 0, pela segunda rodada da fase de grupos.
  • Torcedores do Cerro, um deles com uma criança de colo, imitavam gestos de macaco e cuspiram na direção de Luighi e Figueiredo.
  • “O que fizeram comigo é crime, não vão perguntar sobre isso?”, protestou Luighi enquanto chorava na frente de um repórter.
  • Em nota, clubes rivais do Palmeiras e CBF pediram rigor na punição contra os racistas.
    “Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas”, disse a Conmebol.
  • Em comunicado oficial, o Cerro Porteño prestou solidariedade a Luighi, mas não declarou quais medidas serão tomadas para punir os responsáveis pelo racismo.
  • A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, cobrou a expulsão do Cerro Porteño da competição de base e de torneios do profissional.

Confira a nota da CBF:

“A CBF enviou nesta sexta-feira (7) denúncia à Conmebol pedindo a punição dos torcedores e a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20.
O documento de 29 páginas elaborado pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade da CBF cobra tolerância zero contra atos discriminatórios e exige severa punição esportiva aos torcedores e ao clube paraguaio. A entidade ainda alega que o protocolo global da FIFA contra racismo não foi cumprido pela arbitragem. Para a CBF, o racismo é um crime que fere a dignidade, a integridade e os princípios fundamentais do esporte e deve ser punido com penas que impactem fortemente os responsáveis. ‘O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas’, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Na noite de quinta-feira (6/3), Luighi e Figueiredo foram alvos de ofensas racistas por parte de torcedores do clube paraguaio durante jogo válido pela Conmebol Libertadores sub-20. O time brasileiro venceu o confronto por 3 a 0. Torcedores do Cerro Porteño imitaram um macaco e cuspiram na direção dos atletas brasileiros, que protestaram. Luighi deixou o campo chorando e desabafou em entrevista depois da partida.
‘O futebol deve ser espaço de igualdade e respeito. Por isso, a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta’, escreveram os diretores da CBF no documento.
Na denúncia, a CBF argumenta, ainda, que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novas ocorrências. ‘Frise-se que a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro’, reforça a denúncia.
Cópias dos documentos foram enviadas para os presidentes da FIFA, Gianni Infantino, e da Conmebol, Alejandro Domínguez.
O combate ao racismo é uma das prioridades da CBF, a primeira confederação a implementar punição desportiva em seu Regulamento Geral de Competições para casos de racismo”, encerra a entidade.

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