InícioSaúdeSintomas e tratamentos: tudo o que você precisa saber sobre menopausa

Sintomas e tratamentos: tudo o que você precisa saber sobre menopausa

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A menopausa é um marco na vida de toda mulher, mas nem sempre é compreendida com clareza. Definida pela interrupção definitiva da ovulação, é a última menstruação, e ocorre entre os 45 e os 55 anos. Porém, mesmo que seja uma certeza, sua chegada pode provocar sintomas incômodos, dolorosos e que levantam muitas dúvidas.

O processo não precisa ser complicado: o climatério pode ter seus sintomas amenizados e a transição ser mais tranquila com algumas mudanças nos hábitos de vida.

Menopausa é um processo

A menopausa não ocorre de forma abrupta. A transição é gradual e pode durar entre cinco e dez anos, dependendo do organismo de cada mulher. Durante esse período, os ovários começam a diminuir a produção de estrogênio e progesterona, hormônios fundamentais para a regulação do ciclo menstrual e de várias funções do corpo.

A perimenopausa é a fase inicial, que precede a menopausa e é marcada por ciclos menstruais irregulares, além de sintomas como ondas de calor e mudanças de humor. “Essa fase de transição pode ser confusa, pois muitas mulheres não percebem que estão nela e acabam não buscando meios de aliviar os sintomas”, explica o ginecologista Igor Padovesi, de São Paulo, autor do livro Menopausa sem Medo.


Sintomas da menopausa

  • Irregularidades menstruais, hemorragias ou escassez no fluxo.
  • Ondas de calor ou fogachos, com episódios súbitos de sensação de calor no rosto, pescoço e na parte superior do tronco. Geralmente, vêm acompanhados de vermelhidão.
  • Manifestações como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor ao urinar e escape de urina.
  • Ressecamento vaginal, dor na penetração e diminuição da libido.
  • Aumento da irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado.
  • Depressão, ansiedade, melancolia, perda da memória.
  • Mudanças no ritmo de sono.
  • Alterações no vigor da pele, dos cabelos e das unhas, que ficam mais finos e quebradiços;
  • Alterações na distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar mais na região abdominal.
  • Perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia;
  • Risco aumentado de doenças cardiovasculares.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da menopausa é essencialmente clínico. O médico avalia os sintomas apresentados e a história médica da paciente, sem depender apenas de exames laboratoriais, pois os níveis hormonais flutuam e podem não refletir de forma precisa o estágio em que a mulher está.

“Esperar uma redução consolidada dos hormônios nos exames laboratoriais pode atrasar o início de tratamentos importantes, prejudicando a qualidade de vida da mulher durante esse período”, completa Padovesi. O diagnóstico de menopausa é fechado apenas após 12 meses consecutivos sem menstruar.

A importância de fazer o acompanhamento

A menopausa é caracterizada por uma série de mudanças físicas no corpo da mulher, que podem impactar tanto o bem-estar quanto a saúde a longo prazo. Sem o tratamento adequado, ela leva ao ressecamento da pele e das mucosas, perda muscular e óssea, e aumento das dores musculares e articulares, além de maior risco de doenças cardíacas.

Os efeitos da menopausa não se limitam às mudanças físicas, mas também afetam a função cognitiva e emocional. A falta de concentração e os lapsos de memória conhecidos como nevoeiro cerebral são sintomas comuns e podem prejudicar relacionamentos interpessoais no período. Também aumenta o risco de desenvolver sintomas de transtornos mentais como a depressão e a bipolaridade.

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos;  mas somente metade delas faz tratamento 

O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa
As doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheres
O fogacho é um dos  principais sintomas da menopausa
As ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sono
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A menopausa é caracteizada pelo desquilíbrio hormonal no organismo das mulheres

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos; mas somente metade delas faz tratamento 

BSIP/UIG/Getty Images

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheres

Saúde em Dia/ Reprodução

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sono

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A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher

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Quais são os tratamentos?

A menopausa em si não tem tratamento. O que existe é um conjunto de ações que pode aliviar os sintomas. Entre os principais tratamentos disponíveis, a reposição hormonal é a opção mais adotada, mas não é a única.

“A terapia hormonal é a maneira mais eficaz de se controlar os sintomas climatéricos como fogachos, ressecamento vaginal, alterações do sono e do humor. Ela também possibilita proteção óssea, prevenindo fraturas de osteoporose que são comuns em mulheres no período. Porém, existem terapias alternativas, como antidepressivos que controlam os sintomas emocionais, mudanças na dieta e na rotina de exercícios para controle do ganho de peso e dos fogachos, e até terapia com psicólogo para atravessar a fase de mudanças”, explica a ginecologista Denise Joffily, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), também de São Paulo.

Além de um estilo de vida saudável, é fundamental dar atenção à higiene do sono durante o período, já que muitas mulheres acabam desenvolvendo insônia na menopausa. Criar uma rotina que favoreça o descanso adequado pode ajudar a reduzir o cansaço e melhorar a qualidade de vida.

O que é a terapia hormonal?

O tratamento visa repor os hormônios estrogênio e progesterona no organismo, ajudando a aliviar sintomas como ondas de calor, insônia e secura vaginal. Contudo, a reposição hormonal deve ser sempre realizada com acompanhamento médico especializado, já que seu uso excessivo pode até piorar os sintomas.

Mulheres que tiveram câncer de mama e de endométrio, tromboembolismo, hepatopatias agudas e sangramento uterino intenso sem causa identificada são aconselhadas a não fazer a reposição.

Os especialistas também monitoraram os níveis de cálcio e vitamina D, que costumam cair no período, para avaliar a necessidade de suplementação. Procedimentos como uso de laser íntimo e bioestimuladores podem aumentar a lubrificação vaginal, sintoma que costuma causar dores nas pacientes.

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