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    Segurança máxima: sistema aguarda autorização para receber líderes do CV

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    O Sistema Penitenciário Federal (SPF) aguardava, até essa quarta-feira (29/10), um ofício autorizando a transferência de 10 líderes da facção Comando Vermelho (CV) de presídios do Rio de Janeiro para unidades federais de segurança máxima. A medida foi solicitada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), na terça-feira (28/10).

    O deslocamento dos presos das unidades estaduais acontece diante das repercussões da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital fluminense, que deixou ao menos 119 pessoas mortas. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a definição do local para onde cada um será transferido vai depender de “estudo técnico e de inteligência penitenciária”.

    A autorização para a transferência das lideranças do CV foi atendida pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ainda na terça, quando ele estava no exercício da função de chefe do Executivo Federal por causa da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Falta, ainda, segundo a Senappen, a formalização dessas transferências.

    A rede de presídios federais é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e tem como atribuição promover o combate ao crime organizado por meio do isolamento de lideranças criminosas e presos de alta periculosidade, dificultando a comunicação entre eles.

     

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    Megaoperação no Rio deixa mais de 64 mortos

    Tercio Teixeira/Especial Metrópoles2 de 11

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    Cadáveres serão recolhidos

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    Corpos enfileirados na Praça São Lucas

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    Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

     

    Os 10 presos que Cláudio Castro quer transferir

    • Wagner Teixeira Carlos, conhecido como Waguinho de Cabo Frio, integrante da “Comissão”, liderança em Cabo Frio e na Região dos Lagos, e braço direito do traficante Kadu Playboy.
    • Rian Maurício Tavares Mota, conhecido como Da Marinha, integrante da “Comissão”, operador de drones com atuação no Complexo da Penha.
    • Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha, integrante da “Comissão”, com atuação no Complexo do Alemão.
    • Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho, integrante da “Comissão”, administrador da “Caixinha” do Comando Vermelho, com atuação em Resende.
    • Alexander de Jesus Carlos, conhecido como Choque ou Coroa, integrante da “Comissão”, com atuação no Complexo do Alemão.
    • Marco Antônio Pereira Firmino, conhecido como My Thor, integrante da “Comissão”, com atuação em Santo Amaro e no Centro do Rio de Janeiro.
    • Fabrício de Melo de Jesus, conhecido como Bicinho, integrante da “Comissão”, com atuação em Volta Redonda.
    • Leonardo Farinazzo Pampuri, conhecido como Léo Barrão, não é integrante da “Comissão”, com atuação na Vila Kennedy.
    • Carlos Vinícius Lírio da Silva, conhecido como Cabeça de Sabão, liderança na Favela do Lixão, em Niterói. Não faz parte da “Comissão”.
    • Eliezer Miranda Joaquim, conhecido como Criam, liderança na Baixada Fluminense. Também não integra a “Comissão”.

     

    8 imagensMegaoperação no Rio de JaneiroMegaoperação no Rio de JaneiroMegaoperação das polícias deixa vários policiais feridos e mortos. O Hospital Getúlio Vargas, na Penha, recebeu os feridos. Na foto: policial baleado chegando ao HGVDurante operação polícia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia CivilDurante operação Contenção da polícia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia CivilFechar modal.1 de 8

    Cerca de 2.500 agentes das policias civil e militar participam nesta terca-feira (28) da “Operacao Contencaoî nos complexos da Penha e do Alemao, Zona Norte do Rio

    GBERTO RAS/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo2 de 8

    Megaoperação no Rio de Janeiro

    Fabiano Rocha / Agência O Globo3 de 8

    Megaoperação no Rio de Janeiro

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    Megaoperação das polícias deixa vários policiais feridos e mortos. O Hospital Getúlio Vargas, na Penha, recebeu os feridos. Na foto: policial baleado chegando ao HGV

    Gabriel de Paiva / Agência O Globo5 de 8

    Durante operação polícia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia Civil

    Fernando Frazão/Agência Brasil6 de 8

    Durante operação Contenção da polícia contra o Comando Vermelho, detidos são conduzidos para a Cidade da Polícia Civil

    Fernando Frazão/Agência Brasil7 de 8

    Durante operação polícia contra o Comando Vermelho, bandidos ordenam fechamento de comércio e usam lixeiras incendiadas para bloquear a via na rua Itapiru, no Catumbi

    Fernando Frazão/Agência Brasil8 de 8

    Megaoperação no Rio de Janeiro

    Reprodução / Redes sociais

    Como levantado pelo Metrópoles, na coluna Paulo Capelli, entre os 10 detentos que serão transferidos, sete fazem parte da chamada “Comissão do Comando Vermelho”, que é a cúpula da facção no Brasil. Preventivamente, na terça, o governo do Rio de Janeiro efetuou a transferência dos 10 integrantes da cúpula do CV de Bangu 3 para Bangu 1, que é a penitenciária de segurança máxima do estado.

    Com o pedido ao governo federal, o governador do Rio pretende impedir a comunicação entre os líderes do CV. Castro afirmou em um vídeo postado nas redes sociais que relatórios de inteligência da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária revelaram que tais líderes da facção, mesmo presos em unidades estaduais, continuavam a exercer o comando de atividades criminosas.

    “Tomei a decisão, acreditando que política de segurança pública se faz com diálogo e integração, de pedir ao governo federal 10 vagas para transferência imediata desses criminosos de maior periculosidade”, afirmou Castro.

    Sigo acompanhando de perto esse dia histórico no combate à criminalidade no Rio de Janeiro.

    Acabo de tomar uma decisão importante para o nosso estado, que vai nos ajudar a definir os próximos passos nessa luta. pic.twitter.com/seFOP9JmIu

    — Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) October 28, 2025

    Unidades federais de segurança máxima

    Existem hoje, no Brasil, cinco penitenciárias federais que são classificadas como presídios de segurança máxima. Elas estão localizadas em Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR) (foto em destaque). O MJSP afirma que as estruturas possuem sistema de vigilância avançado que conta, inclusive, com captação de som ambiente e monitoramento de vídeo. Os 10 detentos do Rio serão distribuídos entre essas unidades.

    As unidades penitenciárias federais recebem os mais altos líderes das facções criminosas. O governo federal procura deixá-los separados. Marcos Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), encontra-se, hoje, detido na Penitenciária Federal de Brasília. Já Fernandinho Beira-Mar, apontado como líder histórico do CV, está preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). Também considerado um dos líderes do facção carioca, Marcinho VP está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

    A transferência dos presos para as unidades penitenciárias federais impacta no aumento das despesas de custódia. Em março, o Metrópoles apurou, com base no painel Custo do Preso, mantido e atualizado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que é vinculada ao MJSP, que o custo mensal de um preso federal no Brasil, em 2024, foi de pouco mais de R$ 40,8 mil, ou seja, uma cifra final de quase meio milhão (R$ 489,6 mil) ao longo de 12 meses.

    Imagem colorida/arte mapa Presídios Federais

     

    Como é a rotina

    Nas penitenciárias federais, o preso é revistado todas as vezes que deixa o dormitório, momento em que a cela também é revistada. No deslocamento, o preso permanece algemado na presença de pelo menos dois agentes. A comunicação com familiares, amigos e advogados só pode ser realizada por meio de parlatório ou por videoconferência.

    As imagens e os áudios captados são direcionados a agentes de inteligência da Penitenciária Federal e os conteúdos também são transmitidos ao vivo para a sede da Senappen em Brasília (DF), onde existe uma outra equipe de inteligência responsável por acompanhar a rotina das cinco cadeias.

    Os presos têm direito a: seis refeições por dia; duas horas de banho de sol; atividades laborais e educacionais; atendimento médico, odontológico, farmacêutico, psicológico, quando necessários; assistência social, pedagógica e terapia ocupacional, quando necessárias; e visitas sociais e com advogado por parlatório, em dias e horários determinados previamente.

    A megaoperação das forças de segurança do governo do Rio de Janeiro, com a participação do Ministério Público (MP), tinha como objetivo o cumprimento de centenas de mandados judiciais de busca e apreensão e também de prisão, com o empenho de 2,5 mil agentes. Entre as 119 pessoas mortas, as autoridades afirmam que quatro eram policiais e as outras 115 suspeitas de envolvimento com o crime. A operação é a mais letal já registrada na história do Rio.

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