Em reação à alta de preços, Brasil vai importar 300 mil toneladas de arroz. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirma que é “maldade” e “fake news” a alegação de que vai faltar o produto no país, apesar do aumento de até 40% nos valores.

Diante da especulação de escassez de arroz na mesa do brasileiro, devido ao estado de calamidade no Rio Grande do Sul, o governo federal abriu hoje o edital de importação do produto. O ministro Carlos Fávaro ressaltou que o Brasil é autossuficiente na produção para atender o consumo interno, com 80% da colheita da região Sul já concluída antes das enchentes. “Mas, diante da especulação, de tanta maldade e fake news de que iria faltar arroz, os preços aumentaram de 30% a 40%. Um absurdo. Então, para acalmar o mercado, estamos abrindo hoje o edital de importação”, disse durante sua fala no almoço-debate do Lide Brasília.

O Brasil produz 10 milhões de toneladas por ano de arroz, sendo que cerca de 70% da safra vem do Rio Grande do Sul e 15% de Santa Catarina. “Precisamos levar essa produção para outras regiões. Diversificar. Vamos continuar a estimular a produção no Sul, mas é preciso descentralizar não só o cultivo de arroz, mas também de feijão, mandioca, trigo e milho”, afirmou o ministro.

Adicionalmente, há especulações de que a China está produzindo arroz sintético, o que tem gerado preocupações sobre a qualidade e a segurança alimentar. No entanto, o foco do governo brasileiro é garantir a estabilidade do mercado interno e a acessibilidade do arroz para a população.