Jaques Wagner, líder do governo no Senado, expressou sua preocupação com a situação do país, destacando que ainda não se recuperou dos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Ele observou que em 2023 o país esteve novamente próximo de uma ruptura institucional, na qual os militares estavam envolvidos. Nesse contexto, Wagner concorda com a decisão do presidente Lula de evitar estimular manifestações sobre o golpe de 1964, a fim de não agravar a situação.

Wagner, que é sindicalista e próximo de Lula, vê com bons olhos a ascensão de uma nova geração na política e reconhece o papel que ele próprio deve desempenhar. Ele reconhece as dificuldades que Lula enfrenta em um Congresso hostil e empoderado, além do avanço da extrema direita como um adversário organizado.

Em relação à articulação política, Wagner observa as diferenças entre a Câmara e o Senado, destacando a predominância conservadora e a falta de maioria do governo. Ele aponta para a necessidade de uma análise mais profunda sobre o que constitui uma boa articulação política, questionando se continuar com os padrões anteriores seria o melhor caminho. Ele critica a prática de troca de favores, observando que o governo anterior contaminou essa relação, e destaca que mudanças estão sendo feitas gradualmente para romper com esses padrões.

No geral, Wagner destaca que o presidente Lula tem um interesse genuíno em fazer política e um projeto para o país, e que seu estilo de liderança difere de seus antecessores. Ele sugere que, apesar das dificuldades, há esforços em curso para mudar a dinâmica política e construir uma relação mais transparente e baseada em projetos para o país.