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    InícioBrasilNa pré-COP30, Marina cobra aportes: “Não é doação, é investimento”

    Na pré-COP30, Marina cobra aportes: “Não é doação, é investimento”

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    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cobrou o financiamento de programas ambientais dos países desenvolvidos durante o primeiro dia da pré-COP30, nesta segunda-feira (13/10). O evento promove uma série de negociações multilaterais, e serve para pavimentar os acordos que devem ser firmados durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece em novembro em Belém (PA).

    “Os recursos destinados à proteção [da natureza] estão muito aquém do necessário. Estima-se a necessidade de US$ 282 bilhões por ano, mas hoje contamos com apenas 1/4 desse valor. Para preencher essa lacuna, precisamos mobilizar um menu de ações concretas de financiamento para a natureza. (…) Não se trata de doação, mas de investimento”, afirmou Marina Silva.

    Ela discursou na abertura da plenária “Implementando o Balanço Global: Clima e Natureza”. Participaram representantes de 66 países mais a União Europeia, entre ministros, embaixadores e secretários. Ausentou-se, porém, os Estados Unidos, sobre quem recairia uma fatia importante do mecanismo de financiamento para manutenção das florestas.

    4 imagensMarina Silva e LulaFechar modal.1 de 4

    Marina é ministra do Meio Ambiente

    Vinicius Loures/Câmara dos Deputados2 de 4

    Marina Silva e Lula

    Hugo Barreto/Metrópoles3 de 4

    Diogo Zacarias/MF4 de 4

    Mario Agra/Câmara dos Deputados

    Marina Silva citou especificamente o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Trata-se de uma proposta encabeçada pelo Brasil e apresentada na COP28. Ela estipula uma espécie de remuneração de países, principalmente os desenvolvidos, a outras nações pela conservação desse tipo de bioma. Espera-se que esse mecanismo de manutenção climática seja de fato implementado a partir da COP30.

    “O TFFF busca garantir fluxos financeiros perenes para proteger a natureza e remunerar os serviços ecossistêmicos, valorizando o papel dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Quando estiver em operação, poderá gerar cerca de US$ 4 bilhões por ano, quase três vezes o volume atual de financiamento internacional para florestas”, explicou Marina.

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    Outro mecanismo de financiamento defendido pela ministra na sua fala foi o Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). Esse mecanismo incluiu na contabilidade das emissões de gases de efeito estufa. Pela lógica do programa, países em desenvolvimento que agirem de acordo com essa política deveriam ser recompensados.

    “Por meio de iniciativas como o Fundo Amazônia, e de parcerias com entes subnacionais. Juntos, TFFF e REDD+ poderão gerar cerca de 9 bilhões de dólares anuais, cobrindo quase 60% do financiamento necessário para zerar o desmatamento até 2030. Trata-se de essencial contribuição para implementar o GST”, afirmou Marina Silva.

    Oceanos

    Marina Silva também cobrou iniciativas de proteção aos oceanos, alertando que os mares também têm uma contribuição importante para a mitigação das mudanças climáticas. A ministra alertou que há uma defasagem de 92,5% de investimentos nessa área.

    “Não podemos esquecer que ele absorve grande parte do CO₂ global, regula o clima e provê os meios de vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. Os recursos destinados à conservação oceânica somam apenas 1,2 bilhão de dólares por ano, quando seriam necessários cerca de 16 bilhões. É preciso corrigir esse desequilíbrio”, disse.

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