O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, nesta segunda-feira (17/11), que a margem apertada na votação da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, não será um termômetro para a possível sabatina de Jorge Messias no caso da indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o senador petista, pesou contra o PGR o fato de ele ter apresentado a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que gerou reação da oposição. Na semana passada, Gonet recebeu 20 votos a menos do que quando foi indicado em 2023.
“A votação do Gonet é muito diferente da eleição do Messias. Na eleição do Gonet, havia um grupo forte de oposição a ele pelo fato de ele ter feito a denúncia ao ex-presidente. Então, era óbvio que eles iam puxar”, avaliou Jaques Wagner.
Segundo ele, Messias não teria a mesma resistência no Senado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não formalizou a indicação do atual advogado-geral da União para substituir o ministro Luís Roberto Barroso na Suprema Corte, mas aliados a dão como certa.
“No caso do Messias, eu não vejo ele arestado com nenhum segmento aqui do Senado”, frisou o senador.
Ainda de acordo com o líder do governo, Lula deve se reunir com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ainda nesta semana para discutir a indicação.
O senador é o nome preferido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para ocupar o lugar de Barroso, mas o titular do Planalto defende que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais nas eleições do próximo ano.


