O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assinou, nesta quarta-feira (26/2), dois atos em que estabelece regras de vestimenta e proíbe cartazes no Plenário. A determinação se dá após uma bronca do chefe da Casa Baixa aos parlamentares depois de uma confusão na última semana.
Em um dos atos, Motta veda a utilização de cartazes, banners, panfletos e afins no Plenário Ulysses Guimarães e nos plenários das comissões. A proibição alcança parlamentares, servidores, terceirizados e qualquer outra pessoa que esteja nos recintos.
No outro, o presidente decide que “somente será permitida a permanência e circulação de pessoas que estejam adequadamente trajadas”.
“A presente determinação busca reafirmar os valores institucionais da Casa, garantindo que o ambiente legislativo permaneça compatível com o comprometimento e seriedade do trabalho aqui exercido”, justificou.
Na última quinta-feira (19/2), Motta deu uma reprimenda pública nos deputados federais após confusão. Parlamentares governistas e de oposição travaram um embate ao discutir a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu quero dizer às vossas excelências que se vossas excelências estão confundindo esse presidente como uma pessoas, paciente, serena, como um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, disparou Motta. “Ou esse plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro ou não merecemos estar aqui”.
Diante da gritaria registrada no plenário entre governistas e oposição, Motta afirmou que o Plenário da Câmara não é “jardim de infância”. “Eu não aceitarei esse tipo de comportamento”, bradou.
