Um morador de Foz do Iguaçu (PR) cancelou a festa de aniversário após levar um calote de entregador de aplicativo que sumiu com bolo de R$ 200. No último sábado (26/10), Matheus Couto Gestal iria comemorar o seu aniversário de 30 anos, porém a festa foi cancelada após o bolo sumir durante o caminho da confeitaria até a casa do aniversariante.
Ao Metrópoles, o servidor público falou que estava planejando a festa há cerca de 4 meses, no qual já era freguês da confeitaria onde realizou o pedido. Por volta das 16h do sábado (27/10), Matheus foi informado de que o bolo estava pronto, no qual optou por chamar um carro de aplicativo para buscar o pedido.
“Estou sem carro no momento e solicitei pelo aplicativo a retirada do bolo. Depois que a moça responsável entregou o bolo para o entregador, ele cancelou o pedido. (…) Ficamos uns 20 minutos tentando falar com o motorista, pois tínhamos o número dele, porque ele tinha ligado para a confeitaria falando que tinha chegado”, conta Matheus.
Após tentativas frustradas de contato com o entregador, Matheus buscou a 99, aplicativo responsável pela entrega. A frustração do sumiço do bolo fez com que o aniversariante cancelasse a festa. “Eu fiquei muito chateado. Era um dia muito especial para mim, foi o pior dia da minha vida porque fiquei sem comemorar meu aniversário. Fiquei na expectativa o ano todo. Tive crise de ansiedade, parece que tinha um buraco no meu estômago”, pontua o servidor público.
Bloqueio
Em nota ao Metrópoles, a 99 diz que lamenta o ocorrido e assim que recebeu a denúncia, bloqueou o motorista.
“A 99 lamenta o ocorrido e informa que, assim que recebeu a denúncia, bloqueou o motorista. Uma equipe realizou contato com o usuário para oferecer suporte e esclarecimentos e está empenhada em intermediar o contato entre os envolvidos para resolver a situação o mais rápido possível. A empresa está à disposição para colaborar com as investigações das autoridades, caso necessário. Motociclistas parceiros passam por um rigoroso processo de cadastro baseado em documentos pessoais, checagem de antecedentes e licenciamento do veículo, que é verificado também por meio de parceria com o Denatran”.
O Metrópoles entrou em contato com o entregador envolvido no caso, que preferiu não se identificar. “Não mandei mensagem para confeiteira nenhuma, foi feito o cancelamento da corrida devido ao prazo que o próprio aplicativo estipula. Bloqueei porque recebi mais de 15 chamadas consecutivas, não sabia do que se tratava. Ninguém me explicou o que estava acontecendo. Agora, se a confeiteira entregou o bendito bolo para outra pessoa, já não sei informar”.
O entregador alega que efetuou ligação para a empresa responsável pelo bolo, em que não foi atendido e, devido ao tempo prolongado cancelou a corrida.
“Jamais sujaria minha imagem por conta de um bolo de $200 (…) Após o cancelamento, continuei trabalhando normalmente. Então, não tem lógica eu ter “roubado/fugido” com o bolo e ainda assim ter continuado a trabalhar”.