O governo Lula vai retomar a Transnordestina no segundo semestre desde ano, em busca de recuperação da avaliação positiva do Nordeste, reduto eleitoral do presidente. Os ministros Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) preparam a licitação. O projeto deve ajudar a escoar a produção nordestina através do estado de Pernambuco, que havia sido retirado do percurso da ferrovia no governo Bolsonaro.
“Obras que serão fundamentais para o desenvolvimento de Pernambuco. Estamos comprometidos em transformar a realidade do Nordeste, e a Transnordestina é um projeto fundamental para alcançar esse objetivo. A licitação que anunciaremos representa um marco para o futuro econômico da nossa região”, afirmou Silvio Costa Filho.
Renan Filho fez críticas ao governo anterior. “Bolsonaro tinha retirado o trecho de Pernambuco da Transnordestina. E o presidente Lula entendeu que não há alternativa para o desenvolvimento do Nordeste excluindo Pernambucano do centro da estratégia. Por isso, nós retomamos o trecho e vamos executar como obra pública”, ressaltou.
As obras da Transnordestina começaram em 2006, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto visa ligar Pernambuco ao Piauí, atravessando os estados da região. A ideia é fazer com que os produtos feitos no Nordeste tenham acesso a mercados nacionais e internacionais.
O anúncio aconteceu num momento de baixa na popularidade do presidente Lula. O Nordeste foi a única região em que o petista derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, com 69,34% dos votos válidos. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada em janeiro, a aprovação do petista entre os nordestinos caiu de 67% para 60%.