Os anabolizantes são frequentemente utilizados por indivíduos interessados em ganhar massa muscular de forma rápida, mas representam um risco sério à saúde.
Segundo o cardiologista Ricardo Mourilhe, que trabalha na rede de hospitais Samaritano, do Rio de Janeiro, é possível perceber o impacto do uso de hormônios com objetivos estéticos já no primeiro mês de consumo.
“Estudos atuais sugerem que o uso de anabolizantes causa alterações na parede dos vasos sanguíneos, o que leva a um aumento da pressão arterial, com ao menos 41% de seus usuários sofrendo de hipertensão. O coração pode apresentar deficiência a partir da quarta semana de uso”, indica o especialista.
De acordo com Mourilhe, além do aumento da pressão, podem ocorrer mudanças na própria musculatura cardíaca. “É possível que a pessoa sofra hipertrofia cardíaca, com crescimento do músculo do coração, o que pode causar arritmia”, detalha.
O uso de anabolizantes faz o coração se tornar mais rígido: ao mesmo tempo em que fica dilatado, o músculo cardíaco perde a força para alimentar o fluxo sanguíneo necessário para manter a saúde do corpo.
“Outro problema mais crítico é a possibilidade da perda de força na contração do coração, essa última sem nenhuma possibilidade de recuperação”, observa.
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Anabolizantes proibidos
O uso de anabolizantes com fins estéticos é proibido no Brasil. O cardiologista alerta que a terapia de complementação hormonal não deve ser feita em nenhuma hipótese sem supervisão médica. A reposição de testosterona é indicada apenas para homens com quadros de declínio progressivo do hormônio e nunca com uso estético.
O especialista sugere cautela com qualquer estratégia que entregue resultados rápidos demais. “Quase sempre essas condutas não são fisiológicas e trazem consequências para o nosso organismo e, em algumas situações, danos bem graves”, finaliza.
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