Apontado como integrante da facção criminosa Comboio do Cão, Marcos Peres Rodrigues, conhecido como “Marcão 121”, foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelo homicídio de Jhones Pereira de Souza. O crime, ocorrido em 2010, teria sido motivado por uma disputa pelo controle do tráfico de drogas no Riacho Fundo.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPDFT) foi responsável por denunciar Marcão. Ele foi levado ao Tribunal do Júri na quinta-feira (13/3).
O Conselho de Jurados aceitou as qualificadoras apontadas pelo MPDFT. O crime, segundo a denúncia, foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi atraída por pessoas conhecidas e surpreendida pelos disparos, “sem qualquer chance de reação ou fuga.”
Para o MP, o homicídio ainda teve motivo torpe, pois a execução foi motivada por uma dívida de drogas e pela disputa territorial pelo controle do tráfico na região.
Marcão já está preso e cumpre uma pena de 21 anos por outros crimes. Porém, ele estava próximo de obter a progressão de regime — que fica suspensa devido à nova condenação por homicídio.
Entenda o caso
No dia 16 de dezembro de 2010, por volta das 13h, em via pública ao lado do Instituto de Saúde Mental, sentido Riacho Fundo II, Marcos e outra integrante do Comboio do Cão atraíram a vítima até o local. Em seguida, o réu sacou uma arma de fogo e surpreendeu Jhones, efetuando diversos disparos em sua direção. Marcos e a comparsa fugiram, levando o veículo da vítima.
Apesar de gravemente ferido, Jhones foi socorrido por populares e por uma ambulância que passava pelo local. No entanto, mesmo após ser levado ao hospital, não resistiu aos ferimentos.
A dupla conhecia a vítima previamente e, na época dos fatos, atuava no tráfico de drogas na região do Riacho Fundo. Jhones era egresso do sistema prisional e havia retomado suas atividades criminosas na mesma localidade, em associação com um grupo rival.