O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid pediu, nesta segunda-feira (24/3), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o libere para acompanhar a filha em uma viagem para São Paulo.
Cid, que é tenente-coronel do Exército, é uma das 34 pessoas indiciadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) pela atuação em prol de um suposto golpe de estado, que começou a ser arquitetado em 2022. Ele chegou a ser preso, mas deixou a prisão após realizar um acordo de colaboração premiada.
No pedido, a defesa de Cid explica que a filha dele, menor de idade, vai participar de uma premiação em São Paulo no dia 1º de abril. Conforme a petição, a adolescente vai receber o prêmio, concedido pela Confederação Brasileira de Hipismo, de campeã na categoria Jovem Cavalheiro, relativo ao ano de 2024.
Os advogados do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro argumentam que, em 2024, o cliente ficou “impedido de participar ou acompanhar as competições” e que é injusto ele ficar de fora da premiação.
“Não sendo justo, agora, depois de tanto tempo em cumprimento de cautelares diversas da prisão, aproximados dois anos, que apenas por uma semana não possa ver a consagração da filha no esporte que pratica, mormente depois de tantas dificuldades familiares e pessoais que lhe foram impostas pelo andar da investigação já concluída”, argumenta a defesa do militar.
Na viagem, além da programação, os advogados de Cid explicam que, do dia 2 ao 7 de abril, haverá uma competição entre os campeões de 2024 no Jockey Club de São Paulo. Por fim, os advogados afirmam que Cid poderá se apresentar à Justiça logo após a viagem, como tem feito todas às segundas-feiras, em respeito a uma determinação de Moraes.