O Vaticano anunciou, nesta segunda-feira (21/4), o falecimento do papa Francisco, aos 88 anos. Segundo jornais italianos, que afirmam ter informações de dentro da Santa Sé, o pontífice teria sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) grave no início da manhã, após acordar.
A causa da morte foi confirmada pelo Vaticano horas mais tarde. De acordo com comunicado da Santa Sé, divulgado na tarde desta segunda, o falecimento ocorreu devido a um AVC, coma e colapso cardiocirculatório irreversível.
“Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são as acima indicadas”, diz o texto, assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano, professor Andrea Arcangeli.
O que é um AVC?
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, explica que o AVC é uma emergência médica com duas formas principais de manifestação. A mais comum é o AVC isquêmico, causado pela obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Já o AVC hemorrágico ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo, provocando sangramento cerebral.
“No caso do tipo hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave, pois o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode elevar perigosamente a pressão dentro do crânio, o que exige intervenção imediata”, explica Espíndola. Ambas as formas impedem o cérebro de receber oxigênio e nutrientes, o que pode causar danos irreversíveis e potencialmente fatais.
Principais sintomas do AVC
- Fraqueza e formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão mental, alteração da fala ou compreensão;
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
A neurologista Letícia Rebello, do Hospital Brasília, aponta que há três sinais importantes que revelam o início de um AVC: a boca torta, a dificuldade de falar e a perda de força de um lado do corpo.
“É importante ficar atento aos sinais de AVC em idosos, já que perceber o mais precoce possível é crucial para a prevenção do surgimento e do agravamento das sequelas, e consequentemente no processo de recuperação”, diz a médica.
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