O atacante do Flamengo Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal (PF) na última semana, ao lado de outras 10 pessoas, em investigação que apura fraude em competição esportiva. O indiciamento foi revelado pelo Metrópoles em primeira mão.
Os investigadores encontraram no aparelho celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Junior, troca de mensagens que comprometem o jogador e o colocam diretamente ligado ao esquema de apostas.
O atleta foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva.
Novas mensagens reveladas pelo programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (20/4), mostram conversas de Wander com os pais dele e de Bruno Henrique. Ele conversou com a mãe sobre a dificuldade encontrada em abrir novas contas para fazer apostas, e eles trocaram dados de pessoas que poderiam ser utilizados para novos cadastros.
Diversos boletos de casas de apostas também foram encaminhados por Wander para que a mãe fizesse o pagamento.
Também há mensagens trocadas com o pai do jogador sobre o suposto esquema. Os pais de Bruno Henrique, porém, não foram indiciados pela PF, mas a investigação está em andamento.
O Ministério Público do DF vai decidir se denuncia ou não Bruno Henrique à Justiça. Neste domingo, sua defesa se pronunciou pela primeira vez.
Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa alega que o atleta do clube carioca é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte e que Bruno Henrique nunca esteve envolvido em esquemas de apostas.
“Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades. As distorções que estão sendo causadas pela interpretação e divulgação indevida de mensagens privadas, fora de contexto, serão esclarecidas no curso do processo”, diz defesa em nota.